Esta página tem como objeitvo fornecer informações pertinentes à Saúde do Professor. Serão apresentados textos, vídeos e eventos que abordem medidas preventivas para o profissional da educação.
A Voz
Produção da Voz
A voz é produzida através da participação de vários sistemas do organismo humano, em especial os sistemas respiratório e digestivo.
A voz é emitida em função da corrente de ar que é fornecida pelos pulmões. Este ar passa pela laringe permitindo a vibração das pregas vocais. O som produzido pelas pregas vocais é amplificado por “caixas acústicas” naturais, formadas pela laringe, boca e nariz. Por fim, esta voz é articulada na boca, tornando-se fala.


(Ilustração das pregas vocais durante a respiração e a fonação)
PRINCIPAIS SINAIS DE ALTERAÇÃO NA VOZ
A VOZ PODE NOS DAR SINAIS AUDITIVOS DE QUE ESTÁ SOFRENDO ALGUMA ALTERAÇÃO, QUE EXIGIRÁ CUIDADO E ATENÇÃO,
- FALHAS NA VOZ DURANTE AS CONVERSAÇÕES DO DIA-A-DIA.
- VOZ ROUCA POR VÁRIOS DIAS.
- VOZ MAIS ROUCA NA SEXTA-FEIRA E DE BOA QUALIDADE APÓS O DESCANSO NO FIM DE SEMANA.
- MUITO CANSAÇO (FADIGA) VOCAL.
- DIMINUIÇÃO DO VOLUME DA VOZ, GERANDO ESFORÇO PARA CONSEGUIR FALAR UM POUCO MAIS ALTO OU GRITAR.
- VOZ MAIS GRAVE (GROSSA) DO QUE NO INÍCIO DA PROFISSÃO.
- DIFICULDADE EM CANTAR.
- PIGARRO CONSTANTE (NECESSIDADE DE RASPAR A GARGANTA).
- DOR OU DESCONFORTO NA ÁREA DO PESCOÇO.
- TOSSE SECA PERSISTENTE.
- ARDÊNCIA NA GARGANTA.
- SENSAÇÃO DE CORPO ESTRANHO ("BOLO") NA GARGANTA.
- FALHAS NA VOZ DURANTE AS CONVERSAÇÕES DO DIA-A-DIA.
- VOZ ROUCA POR VÁRIOS DIAS.
- VOZ MAIS ROUCA NA SEXTA-FEIRA E DE BOA QUALIDADE APÓS O DESCANSO NO FIM DE SEMANA.
- MUITO CANSAÇO (FADIGA) VOCAL.
- DIMINUIÇÃO DO VOLUME DA VOZ, GERANDO ESFORÇO PARA CONSEGUIR FALAR UM POUCO MAIS ALTO OU GRITAR.
- VOZ MAIS GRAVE (GROSSA) DO QUE NO INÍCIO DA PROFISSÃO.
- DIFICULDADE EM CANTAR.
- PIGARRO CONSTANTE (NECESSIDADE DE RASPAR A GARGANTA).
- DOR OU DESCONFORTO NA ÁREA DO PESCOÇO.
- TOSSE SECA PERSISTENTE.
- ARDÊNCIA NA GARGANTA.
- SENSAÇÃO DE CORPO ESTRANHO ("BOLO") NA GARGANTA.
COMO CUIDAR DA SUA VOZ?
1. Evite fumar - o fumo é altamente irritante. A fumaça age na mucosa do trato vocal, o que faz surgir um depósito de secreção provocando o pigarro.
2. Evite bebidas alcoólicas - as bebidas permitem uma anestesia dos tecidos com a conseqüente perda de sensibilidade e um provável abuso vocal.
3. Cuidado com o ar condicionado - muitas pessoas são sensíveis ao ar condicionado pois ele pode provocar um ressecamento da mucosa do trato vocal.
4. Evite o pigarro e tosses freqüentes - eles podem facilitar o aparecimento de alterações nas pregas vocais, devido ao grande atrito causado na mucosa.
5. Evite roupas apertadas - algumas roupas pressionam a região do pescoço (gravatas apertadas, golas altas, lenços, etc.) e do abdômen (corpetes, cintas, etc.), limitando a livre movimentação da laringe e do diafragma.
6. Beba água - a ingestão de 2 litros ao dia pode reduzir a viscosidade do muco da laringe.
7. Evite pastilhas refrescantes – elas são como anestésicos e podem permitir o abuso vocal.
8. Ingerir maças antes de utilizar a voz como atividade profissional é bom devido suas propriedades adstringentes.
9. Mantenha uma boa postura corporal, possibilitando a movimentação da laringe e a projeção adequada da voz.
10. Evite gritar ou falar por muito tempo para não provocar fadiga vocal.
11. Quando fizer uso prolongado de sua voz faça um repouso vocal de pelo menos 30 minutos, para poupar a musculatura fonatória e irrigar as pregas vocais.
Algumas Orientações Específicas para Sala de Aula
- Beba água, em pequenos goles, em temperatura ambiente, durante todo o período em que estiver dando aula.
- Evite fumar ou ficar perto de fumantes no intervalo das aulas.
- Sugere se não fazer a chamada em voz alta. Peça ajuda aos próprios alunos: cada um fala seu nome ou número, ou a faça em silêncio.
- Disponha de outros mecanismos didáticos para tornar a aula mais dinâmica, poupando a voz (recursos audiovisuais, por exemplo).
- Evite falar na presença de ruídos externos não controláveis (sirenes de ambulâncias, aceleração de caminhões, obras nas proximidades da escola, etc.).
- Evite gritar! Procure aproximar-se dos alunos para dar ordens, chamar atenção ou fazer solicitações.
- O megafone é um bom recurso para se falar em ambientes abertos; caso não possua um, use as mãos em torno da boca, simulando um megafone, especialmente se você for professor de educação física.
- Quando estiver escrevendo no quadro, evite falar olhando para a classe, para que a laringe não fique mal posicionada.
- Articule com precisão as palavras, sem exageros, para que a mensagem seja mais bem compreendida e haja redução do esforço das pregas vocais, e por conseqüência, da voz.
- Procure utilizar-se dos intervalos entre as aulas para repousar a voz, evitando cometer abusos vocais em conversas ruidosas na sala de professores ou com os alunos.
- Cuidado com os abusos vocais nos ensaios das comemorações (festas dos pais, mães, crianças, juninas, etc.). Quando possível, use o microfone.
- Os professores de educação física devem executar as ordens dos exercícios separadamente, para não terem tensão muscular durante a fonação.
- Fale em intensidade moderada e num tom confortável para não provocar irritação nos alunos e não forçar as pregas vocais.
- Os relaxamentos com o pescoço são sempre indicados para diminuir a tensão nessa região.
- Quando tomar banho, deixe a água quente cair na região posterior do pescoço, respirando lentamente, procurando relaxar.
- Evite dormir com tensões na região do pescoço.
- Para isso não use travesseiro muito alto ou muito baixo. Ele deve adaptarse à curvatura do seu pescoço, deixando lhe com uma sensação agradável.
- Procure manter o corpo ereto, ou seja, o pescoço alinhado à coluna vertebral.
- Evite as roupas apertadas na região do pescoço e abdômen, assim como calçados de salto alto.
- Procure coordenar a fala com a respiração.
- Após o período de aula, procure ficar alguns minutos em silêncio, em repouso vocal.
- As "receitas caseiras" possuem ainda uma ação desconhecida para as pregas vocais; portanto, não devem ser utilizadas.
Saiba Mais:
- Qualidade de vida e saúde dos professores de educação básica: discussão do tema e revisão de investigaçõe. Disponível em: http://portalrevistas.ucb.br/index.php/RBCM/article/viewFile/1035/1744
- Estrutura escolar provoca adoecimento de professores, aponta pesquisa da FE. Disponível em: http://www5.usp.br/21592/pesquisa-da-fe-revela-que-estrutura-escolar-provoca-adoecimento-de-professores/
- Por que os professores adoecem?
- Síndrome de Burnout | Série Saúde do Professor
Vídeo da série Saúde do Professor, que apresenta questões referentes ao exercício da cidadania e fomenta reflexões e ações sobre saúde relacionadas ao dia a dia do professor.
Disponível em:http://www.youtube.com/watch?v=I52nJhSynzc
- Saúde do Professor -Programa exibido pela TV Ecola
Programa que, por meio de depoimentos e registro de experiências, apresenta os principais problemas relacionados à saúde do professor e sugere soluções para melhorar a qualidade de vida desse profissional.
Referências:
www.saudedoprofessor.com.br/
tvescola.mec.gov.br/index.php?option=com_zoo&view=item
Gostei do material disponibilizado. Quero compartilhar outro, com o fito de promover um debate aqui sobre esse assunto: http://www.cruzeirodosul.inf.br/acessarmateria.jsf?id=458285
ResponderExcluirAbraços,
Professor Carlos Carvalho Cavalheiro.
Olá, professor.
ResponderExcluirAgradecemos pela matéria compartilhada, porque ela nos permite o debate sobre a escola, suas funções sociais e as atuais condições de ensino e aprendizagem. Parece correto considerarmos que as más condições de ensino que incluem o problema da indisciplina, da violência, da falta de recursos e tantos outros problemas, geram conseqüências sobre a saúde do professor levando-o a adoecer e a faltar ou se afastar do local de trabalho. Aliás, a própria matéria apresentada no link acima divulga a pesquisa de Danilo Ferreira de Camargo que tenta demonstrar que o problema do adoecimento docente é a manifestação atual do problema da insuportabilidade da rotina escolar.
No entanto, se por um lado a escola contemporânea carrega todos esses problemas, por outro, a ela é proposta diversas demandas sociais e até econômicas para que atenda com eficácia. Nesse sentido, espera-se que a escola instrua, eduque, gere progresso social, prepare para a cidadania, para o trabalho, para o vestibular e atenda tantas outras finalidades que o seu papel social parece ter entrado em crise ou se desfigurado. Isso considerado, propõe-se a seguinte reflexão: será que historicamente a escola como uma imposição da própria sociedade não se tem voltado muito para o cumprimento de fins, de metas a atingir e de índices comprovados em resultados de exames, mas se tem esquecido socialmente dos meios pelos quais a educação possa se desenvolver com qualidade e de modo digno? Será que a crise da escola contemporânea é uma crise da escola em si (do próprio fato de terem de existir escolas na sociedade) ou é uma crise oriunda do descaso com os meios de se desenvolver a educação e principalmente do descaso em relação a todos aqueles participam do ensino-aprendizagem? será que a massificação do ensino não fez com que se perdesse o relacionamento humanístico entre professor-aluno que parece ter havido em escolas da antiguidade que eram pautadas num constante diálogo entre mestres e discípulos?
Prof. Rogério